Linhas de pesquisa – Research topics


No mbiolab nosso objetivo é aliar o estudo da biodiversidade com conservação e saúde. Não existe preferência por grupos de animais: aves, répteis e mamíferos possuem espaço no nosso laboratório. Linhas de pesquisa distintas são utilizadas para explorar o estado de conservação de espécies, desde a distribuição e padrões migratórios até virologia, toxicologia e saúde pública.

Temos um grande enfoco na pesquisa colaborativa e no trabalho conjunto com outros laboratórios e pesquisadores externos, bem como com a ciência cidadã. Dessa forma, nosso trabalho pode ser expandido além dos limites típicos de um laboratório.


Linhas de pesquisa atuais

ESCALAS DA BIODIVERSIDADE – SCALES OF BIODIVERSITY

O projeto “Escalas da Biodiversidade” tem como objetivo investigar como o veneno molda a evolução das espécies de serpentes e entender como o surgimento de inovações dentro dos venenos implicou na ocupação de novos nichos e no surgimento de novas espécies

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Linhas de pesquisa dentro do projeto

DINÂMICA TEMPORAL DAS CONCENTRAÇÕES DE HORMÔNIOS E MUDANÇAS FENOTÍPICAS AO LONGO DA ONTOGENIA

Alterações ontogenéticas são mudanças notórias na morfologia, fisiologia ou comportamento em diversas espécies, principalmente nas ectotérmicas. A serpente neotropical jararaca (Bothrops jararaca, Viperidae), é documentada com mudanças fenotípicas complexas durante seu período ontogenético, incluindo a preferência de presa, o uso de micro-habitat, a massa corporal, a presença de engodo caudal e a composição do veneno. A forma como o sistema endócrino atua nesse processo de mudança entre a fase juvenil e a fase adulta ainda está sob discussão. Também não se sabe como se comportam as concentrações de hormônios como glicocorticóides, hormônios tireoidianos e esteróides sexuais se ao longo desse período de desenvolvimento.

O objetivo deste projeto é investigar a dinâmica temporal das concentrações de hormônios e mudanças fenotípicas ao longo da ontogenia de  indivíduos machos de jararaca (Bothrops jararaca) mantidas no biotério do Instituto Butantan, com foco em determinar: 1) variação nos níveis  de corticosterona (CORT), hormônios tireoideanos T3 e T4 e testosterona (T) na ontogenia das serpentes (da fase juvenil até considerados jovens adultos); 2) variação no perfil cromatográfico de veneno dos indivíduos durante seu desenvolvimento e; 3) se as alterações nos níveis desses hormônios estão temporalmente relacionadas a alterações fenotípicas (tamanho corporal, massa corporal, presença de engodo caudal e composição do veneno) ao longo do desenvolvimento. Em síntese, testar a hipótese de que as mudanças fenotípicas que ocorrem em diferentes momentos durante a ontogenia são precedidas e/ou concomitantes às mudanças na secreção hormonal.


RESISTÊNCIA DE MARSUPIAIS SUL-AMERICANOS AO VENENO DE SERPENTES

Coevolução ocorre quando a interação de duas ou mais populações influencia a evolução das mesmas. Dentre as dinâmicas que levam a coevolução está a interação predador-presa, onde mecanismos para evitar predação ou obter presas são desenvolvidos.

Em marsupiais, resistência a venenos de jararacas são uma característica comum dado a coevolução dos grupos. O objetivo desse projeto é analisar respostas anti-hemorrágicas no plasma de marsupiais com a intenção de contribuir para o desenvolvimento de modelos evolutivos entre esses grupos e identificar espécies com potencial para pesquisas de soros antiofídicos.



PROJETO ANDORINHA-AZUL

O Projeto Andorinha-Azul é fruto de uma parceria entre múltiplas instituições de pesquisa e conservação de três países (Brazil, EUA e Canada) com o propósito de estudar e conservar a Andorinha-Azul. Essa espécie, que perdeu 1/3 da população nos últimos 50 anos, migra anualmente da America do Norte para o Brasil.

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Linhas de pesquisa dentro do projeto

DISTRIBUIÇÃO DE ANDORINHAS-AZUIS EM TERRITÓRIO BRASILEIRO

Embora a distribuição e padrão migratório das Andorinhas-Azuis seja bem conhecido na América do Norte, aqui no Brasil ainda existe uma grande lacuna nesse conhecimento. Infelizmente, uma das maiores dificuldades para cientistas é a escala continental desse tipo de trabalho. Tentar descobrir onde e quando andorinhas chegam em todo território brasileiro é um feito inviesável para pesquisadores fazerem sozinhos.

Por sorte não precisamos estar sozinhos. Essa é a maior vantagem da Ciência Cidadã. Utilizando-se de registros obtidos por observadores de aves em redes de avistamento como o WikiAves nós pudemos mapear a distribuição dessa espécie pelo Brasil. Muitos nos enviaram pessoalmente os registros, nos informando as datas, locais e demais detalhes além, é claro, de fotos.


CONTAMINAÇÃO DE ANDORINHAS-AZUIS POR MERCÚRIO NA AMAZÔNIA

Andorinhas-Azuis visitam grande parte do Brasil, mas um número impressionante delas permanece pela Amazônia. Nós sabemos que essas andorinhas fazem parte da população de Andorinhas-Azuis do leste da América do Norte, a população com maior declínio. Por isso decidimos estudar razões que possam estar ligadas à Amazônia para o declínio.

Um dos grandes problemas encontrados na Amazônia é a alta concentração de mercúrio. Esse mercúrio se dá, em parte, por conta de grandes reservas naturais desse elemento nos Andes. Mas existe também o despejo de toneladas de mercúrio anuais por via de garimpo ilegal na região. Para piorar, a presença de centenas de barragens nos rios da região favorecem a chamada metilação de mercúrio que o torna muito mais tóxico.

Mercúrio é um elemento tóxico em qualquer nível, mas em uma ave insetívora migratória pode ser muito mais danoso. Um estado debilitado de saúde pode ser especialmente letal dado o grande esforço necessário para a migração. Ademais, aves insetívoras tendem a acumular mercúrio em doses mais elevadas por conta do processo de biomagnificação.

Como esperado, encontramos contaminação por mercúrio nas andorinhas que visitam a Amazônia. Para piorar, esse mercúrio foi correlacionado com menor peso e gordura corporal, elementos importantes para a sobrevivência de aves durante a migração.


ESTUDO DA POPULAÇÃO DE ANDORINHAS-AZUIS QUE VIVEM NO DESERTO DE SONORA

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USO DE DADOS DE PLATAFORMAS COLABORATIVAS E CIÊNCIA CIDADÃ PARA O ESTUDO DE HISTÓRIA NATURAL

Além do uso de Ciência Cidadã para distribuição de andorinha-azuis, outros projetos do laboratório também se beneficiam de dados fornecidos à bases colaborativas pela comunidade não-científica.


PEQUENOS MAMÍFEROS DA MATA ATLÂNTICA E MUDANÇAS CLIMÁTICAS: PESQUISA E DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA AO LONGO DE UM GRADIENTE ALTITUDINAL

As mudanças climáticas representam uma ameaça significativa para a biodiversidade, especialmente nas regiões montanhosas da Mata Atlântica. A falta de séries históricas sobre a biodiversidade destaca a urgência de estudos para monitorar essa situação.

Este estudo busca avaliar a diversidade e a distribuição de espécies de pequenos mamíferos em gradientes altitudinais, grupo ainda pouco estudado.


e-Natureza: Estudos Interdisciplinares Sobre Conexão Entre a Natureza, Saúde e Bem-estar

O projeto e-Naturezabusca estudar as relações entre a saúde humana e o contato com a Natureza através de múltiplas linhas de pesquisa interdisciplinares.

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Linhas de pesquisa dentro do projeto

e-NATUREZA: VALIDAÇÃO AFETIVA DE IMAGENS DA NATUREZA COMO RECURSO COMPLEMENTAR PARA A PROMOÇÃO DE BEM-ESTAR NO AMBIENTE HOSPITALAR

Seja por conta da rotina ou local onde moram, é conhecida a limitação que certa parte da população possui em acessar a natureza no seu dia-a-dia. Isso torna difícil a obtenção dos benefícios à saúde que essa exposição trás. Com isso em mente, buscou-se identificar quão efetiva a exposição à imagens de natureza é para a promoção de bem-estar na população.

Com um trabalho que valeu-se de ciência cidadã foi-se obtido resultados promissores. Acesse a página dessa linha de pesquisa clicando aqui!


e-Natureza RCT

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e-Natureza NK

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Um tempo com e-Natureza

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